Foi inaugurado no dia 3 de fevereiro, o Museu do Grafite no Beco da Pantera, localizado no bairro da Lapa no Rio de Janeiro. O objetivo é que se torne o maior da cidade. Além da arte, conta com feiras e shows gratuitos.
O evento de inauguração aconteceu das 10h às 22h e foi totalmente gratuito. Também arrecadou doações para as vítimas que perderam tudo nas fortes chuvas que ocorreram na cidade.
História do Grafite
A arte urbana, caracterizada pelo grafite, teve início em 1970 no Rio de Janeiro. Sempre com a cultura hip hop como principal inspiração, hoje em dia é muito presente na cultura de rua.
Os grafiteiros cariocas se inspiraram em artistas internacionais como o americano Jean-Michel Basquiat e o francês Blek le Rat.
O Largo da Carioca e o bairro da Lapa foram os primeiros locais onde o grafite começou a ganhar destaque na cidade. Os artistas de rua aproveitavam as paredes e muros desses locais para expressarem suas mensagens e críticas sociais.
Em 1990 foram criadas galerias de arte, onde os grafiteiros puderam ter a sua valorização profissional com eventos temáticos e exposições das suas obras. Os bairros atualmente marcados pelo grafite são a Lapa, Santa Teresa e Gamboa.
A prefeitura do Rio de Janeiro também tem incentivado a arte urbana, criando projetos que permitam a intervenção artística em espaços públicos e promovam a profissionalização dos grafiteiros.
Museu do Grafite do Rio de Janeiro
Os idealizadores do Corredor Cultural Beco do Pantera – Etapa Beco Verde, querem transformar o local no maior polo de cultura urbana carioca. As obras ficam expostas à céu aberto para que a população tenha acesso e aprenda a apreciar a arte.
A campanha de doações para as vítimas da chuva foi organizada pela Tropa Solidariedade, liderada pelo rapper Shackal; em entrevista para a Agência Brasil ele comentou:
“A rua estava escura, suja, cheia de lixo, com muita gente dormindo no chão. Entramos, fizemos parceria com os moradores, com o prédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pedimos permissão para pintar a parede. Tiramos o que estava sujo ali. A agência ajudou com a iluminação. A tropa foi atrás da RioLuz, iluminamos a rua. Um depósito de ferro velho fechou e a rua ficou mais tranquila”, contou Shackal.
Além dele, outros nomes de peso da cultura de rua também fortaleceram essa ação:
Bragga, Marcelo Ment, André Kajaman, Bella Phame, Juliana Angelino, Bruno Big, Thiago Tarm, Pandro Nobã, Juliana Fervo, Ivan Ninety e Feo Flip.
Principais Atrações
- Exposição de grafite a céu aberto;
- Shows gratuitos de 16 artistas;
- Apresentação de Slam;
- Shows circenses;
- Batalhas de rimas;
- Feira de artesanato;
- Yoga;
- Feira culinária;
- Flash Tattoo;
- Rodas de bate-papo;
- Recreação infantil;
- Ação social com doação de alimentos.
O espaço em dias habituais, conta com oficinas de customização de camisetas e também com o Polo do Museu do Graffiti, em que jovens acima de 12 anos podem participar do projeto escola do grafite, sendo totalmente gratuito e conta com emissão de certificado.
Você já conhecia a história do grafite no Rio de Janeiro?
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Fonte: Agência Brasil e Terra