O surf e o skate chegaram nas Olimpíadas pela primeira vez em Tokyo 2020, e agora nessa em Paris, teremos mais uma modalidade da cultura urbana disputando medalhas – o Breakdance – que chegou para sacudir as competições dos Jogos Olímpicos.
Saiba como foram as classificatórias, o que esperar dos representantes brasileiros e também sobre como essa arte começou. Confira!
História do Breakdance
O breakdancing, também chamado de b-boying, surgiu em 1970 no Bronx, Nova York. Uma dança de rua com influências da cultura hip hop. Os dançarinos são chamados de b-boys e b-girls. Eles costumavam praticar a dança em festas de rua, com a combinação de movimentos acrobáticos, giros no chão, saltos e muita desenvoltura rítmica.
Aos poucos a dança se tornou popular mundialmente, ganhou destaque em vários filmes, programas de televisão, concursos de dança, se tornou uma febre.
Hoje, o breakdance é uma forma de arte respeitada e reconhecida internacionalmente. Os dançarinos continuam a inovar e desenvolver novos movimentos e estilos de dança, e agora é um esporte olímpico.
Por que o breakdance fará parte das Olímpiadas?
Os Jogos Olímpicos já mostraram que tem inovado com novas modalidades, que inclusive com tanto sucesso como o caso do surf e skate, seguirão permanentes em mais um ano de competições.
O breakdance foi testado em Buenos Aires, na Olimpíada da Juventude 2018. É um estilo de dança que mistura elementos urbanos com capacidade atlética, afinal todos os movimentos e acrobacias exigem muita técnica, para ter uma excelente finalização e evitar lesões.
Essa escolha tem o propósito de atrair o público mais jovem, para prestigiar as Olimpíadas. Fora que o breakdance é um movimento olímpico, presente na World DanceSport Federation (WDSF), que apesar de ter sido fundada em 1957, os primeiros Jogos Mundiais da WDSF foram realizados em 2013 em Taiwan.
Veja o calendário das classificatórias
No Campeonato Mundial de 2023 a competição definiu um vencedor do feminino e um do masculino. Agora em 2024 são disputadas as últimas 14 vagas da competição.
- 12 e 13 de maio de 2023: Campeonato Africano de Breaking WDSF em Rabat, no Marrocos
- 21 de junho a 2 de julho de 2023: Jogos Europeus em Cracóvia, na Polônia
- 23 de setembro a 8 de outubro de 2023: Jogos Asiáticos na República Popular da China
- 20 de outubro a 5 de novembro: Jogos Pan-Americanos em Santiago, no Chile
- Março a Junho de 2024: Série de classificatórios olímpicos (SCO) – última etapa que define as 14 vagas restantes.
Brasileiros classificados no breakdance
A equipe brasileira conta com 12 dançarinos classificados que ficaram uma semana no Centro de Treinamento (CT), passando por exames, treinamentos, orientações, aprendendo sobre o universo olímpico e assistindo aulas de conscientização antidoping.
B-girls
- Toquinha;
- Drika;
- Pekena;
- Nathalia;
- Karolzinha;
- Mini Japa;
- Itsa;
- Maia.
B-boys
- Dinho;
- Luan San;
- Flash;
- Kapu;
- Ratin;
- Kley;
- Rato;
- Bart.
B-boys e B-girls estrangeiros
Ainda haverá a presença do atual campeão Pan-americano 2023, o B-boy Phill Wizard e o chileno Matita, que ficou com o bronze. Já entre as mulheres, a B-girl russa Kastet vem defendendo o título do Breaking do Verão. Além dela, a B-girl colombiana Luma foi medalhista de prata nos Jogos Pan-americanos
Regras da competição de breakdance em Paris 2024
Toda competição um b-boy enfrenta outro e uma b-girl enfrenta outra, assim são feitos os rankings quem vencer cada fase, competindo com o vencedor da última rodada A apresentação é feita com os dois breakers, um dança e o outro assiste e assim segue a competição.
A banca é composta por cinco juízes que avaliam a técnica utilizada, a variedade de passos e movimentos, performance, musicalidade e a criatividade. Desta maneira são lançadas as notas e, assim, calculadas as pontuações de todas as avaliações.
O que espera dessa nova modalidade em Paris 2024? Conta para a gente!
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Fontes: GZH, Red Bull, Olympics e Globo Esporte